251 – Honduras: semente da liberdade (Honduras: semilla de libertad) – Honduras (2009)
Direção: Claudia Jardim
Roteiro: Claudia Jardim
Esse documentário mostra Honduras e a reação popular durante os dias em que o presidente Zelaya sofreu um Golpe de Estado promovido por militares.
O roteiro da história é totalmente clichê. Ou seja, não há nada que já não tenhamos visto no passado, no presente e que estamos arriscados a ver no futuro.
A sinopse da narrativa é basicamente: um presidente, democraticamente eleito, ao ser apoiado pelos movimentos sociais e populares desenvolve ações que o beneficiam e, conseqüentemente, gera desconforto nas elites do país. Ameaçados, a pequena parcela de grandes empresários e detentores do capital iniciam um movimento de oposição ao governo eleito. Logo, se articulam com a elite política que, aliada aos comandantes gerais das Forças Armadas, executam um golpe de Estado, conquistando a presidência através da força. Tudo isso, é claro, com o aval do poder midiático e da diplomacia dos Estados Unidos, cujos interesses estão em jogo e, conseqüentemente, em risco. Daí em diante, o roteiro segue o seu clichê: reação popular, repressão militar, cassação de direitos, cerceamento da liberdade de imprensa, violação dos direitos humanos e muito sangue.
Honduras: uma semente de liberdaderetrata, de forma parcial, os dias que se sucederam após o golpe militar no país hondurenho, que derrubou o presidente Zelaya.
Mesmo com a reação popular, a população não resistiu à violência dos militares e, aos poucos, foi cedendo. O próprio Zelaya não resistiu à sua derrota.
Os golpistas venceram e Honduras voltou ao “normal”.
Resta saber se ainda veremos esse filme se repetindo outras vezes na América Latina.
…
Referências ao Brasil:
Em um trecho, Zelaya fala no telefone “Estou na embaixada do Brasil (em Honduras). O presidente Lula me abriu as portas, assim como o chanceler Amorim. E isto nos serviu para poder chamar para um diálogo, aqui da embaixada do Brasil”.
Em outro trecho, o então presidente brasileiro Lula aparece falando: “Em primeiro lugar, o governo brasileiro não aceita ultimato de golpistas. Tampouco reconheço como governo interino. Golpista. A palavra correta é “usurpadores de poder”. Essa é a palavra correta. E o governo brasileiro não negocia com eles”.
Minha Nota: 6,9
IMDB: –
ePipoca: –
Sugestão: Memória do saqueio
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